Numa noite de sexta-feira, 13 de abril de 1979, plena Semana Santa, aconteceu uma das mais intrigantes abduções da história da Ufologia Mundial. O caso se deu no Jardim Alvorada, um populoso bairro da cidade de Maringá (PR). O jovem eletricista Jocelino Mattos, que na época tinha 21 anos, estava acompanhado de seu irmão mais novo, Roberto Carlos, de 13 anos, quando foi surpreendido por um objeto intensamente iluminado. Jocelino então foi levado para o UFO, enquanto seu irmão ficou inconsciente, caído sobre um terreno arado. O incidente durou aproximadamente das 23h00 à 01h30. Tudo começou quando o abduzido e seu irmão estavam indo para a casa de suas irmãs assistirem a um programa religioso na TV e decidiram voltar, pois já era muito tarde.
Jocelino contou que percebeu o UFO no caminho: “Meu irmão chamou minha atenção para uma estrela esquisita. Ele estava perturbado com a presença daquilo no céu e eu disse a ele que era apenas uma estrela e por isso não precisava ter medo. Mas eu senti que aquilo nos seguia enquanto andávamos (acho que nos seguiu por uns 100 m) e comecei a ficar assustado também”. Quando ambos chegaram na esquina onde tomariam o caminho direto para sua casa, sentiram uma estranha sensação. “Meu sangue começou a correr rapidamente em minhas veias e passei a me sentir nervoso. Eu não sei porque, mas começamos a correr em direção a uma árvore num campo arado próximo, saindo completamente da nossa rota. Eu não queria ir naquela direção, mas algo fez com que eu e meu irmão fôssemos para lá. Era difícil andar sobre aquela terra arada, que já estava preparada para o plantio”, declarou Jocelino de Matos.
Quando os irmãos estavam embaixo da árvore, foram jogados no chão por uma força desconhecida. O objeto voador estava a uns 15 m deles, pairando a aproximadamente 3 m do solo. Ele estava flutuando silenciosamente no ar e isso é tudo o que os rapazes puderam se lembrar, exceto o fato que Jocelino também ouviu uma voz lhe dizendo algo como “… a missão não está terminada, nós voltaremos”. Mas ele não sabe como ouviu tal frase, que lhe pareceu um sonho. Algum tempo depois, se levantaram e começaram a andar com dificuldade. Não conseguiam caminhar sozinhos e foi preciso que se apoiassem um no outro para fazer o resto do caminho de volta. Eles levaram um bom tempo para encontrar a casa. Parecia estar muito longe e queriam chegar logo, pois estavam sujos de terra e com uma estranha fome. Jocelino disse que nunca havia se sentido assim antes. Suas pernas estavam fracas e tremendo muito.
Ao chegar em casa, os irmãos eram esperados pela família, que já estava preocupada: “Minha mãe e meus outros irmãos correram até mim e Roberto, nos ajudando. Explicamos tudo o que aconteceu. Inicialmente, eles duvidaram, mas depois eu os levei lá fora e mostrei a tal ‘estrela’, que ainda era visível no céu. Observamos que a luz continuava pairando silenciosamente sobre algumas árvores e continuei a explicar o que tinha ocorrido”. Isso foi tudo o que Jocelino conseguiu se lembrar conscientemente de seu contato. Várias outras pessoas haviam avistado objetos estranhos em Maringá, na mesma época, e isso chegou ao conhecimento de autoridades e pesquisadores. O fato chamou a atenção de A. J. Gevaerd, que na época morava na cidade, antes da fundação da Revista Ufo. Gevaerd procurou Jocelino e investigou o caso.
Estranhos motores frios
Após várias entrevistas, o ufólogo conseguiu levar o contatado e seu irmão para uma sessão de hipnose regressiva com o doutor Osvaldo Alves, um médico da vizinha Mandaguari (PR), com esperança de que os dois conseguissem se lembrar do que teria acontecido durante o tempo em que ficaram inconscientes. Todas as hipnoses foram gravadas em mais de 30 horas de fita e suas transcrições ultrapassam o número de 200 páginas. Nas partes mais importantes do material compilado das regressões, Jocelino revela fatos extraordinários.
“Quando chegamos embaixo da árvore, ficamos caídos no chão por uns dois minutos até que alguém me levantou. Nós estávamos flutuando… Eu fiquei assustado depois de ver algo tão inacreditável… Uma porta foi aberta… Entrei e havia dois homens lá dentro”. A hipnose regressiva, como se sabe, é um processo que pode definir se uma pessoa sofreu ou não uma abdução. Jocelino continua: “Um deles veio e me observou. Pegou um objeto, que eu não sei o que é, e colocou-o no meu braço esquerdo. Fez um sinal para que eu fosse mais para dentro da nave”. O ET e Jocelino andaram um pouco e chegaram então a uma sala cheia de computadores.
Havia um tipo de mostrador em uma mesa, que tinha luzes diferentes, o que o rapaz não soube explicar. Depois disso, o ser o levou para outra sala cheia de coisas que pareciam motores. “Nunca tinha visto nada assim antes. Os tais motores não estavam quentes e nem faziam barulho”. O extraterrestre levou o abduzido para conhecer toda a nave, passando também por uma sala onde havia imagens semelhantes a fotografias. Elas eram fixas na parede, num tipo de tela de vídeo. Porém, a parte mais marcante da visita de Jocelino àquela nave foi quando chegou a uma sala com equipamentos parecidos com instrumentos hospitalares, onde foi submetido a intensivos exames fisiológicos e psicológicos. “Era uma sala médica. Eles pediram que eu me deitasse e me examinaram com variados instrumentos. Tiraram amostras de meu sangue, cabelos e demais tecidos”.
Coleta de sêmen humano
Depois de um longo exame, extraíram sêmen do rapaz, numa quantidade pequena, usando um instrumento de sucção e colocando o material numa espécie de pacotinho plástico. Depois disso, fizeram Jocelino se sentar numa espécie de mesa, posicionaram uns instrumentos em sua cabeça e começaram a falar entre si numa linguagem que ele não entendia. “Mas o que mais me assustou foi que, depois de alguns minutos, uma mulher chegou na sala. Ela me tocou, me acariciou e me excitou. Nós começamos a fazer amor, e, quando paramos, ela disse a seguinte frase: ‘A semente viverá’. Eu não entendi”. A tripulante então saiu da sala e os outros seres continuaram a conversar entre si. Telepaticamente, eles disseram a Jocelino que vinham em paz, que seu objetivo era estudar e entender a Terra. Falaram sobre a vida, sobre conflito
s e guerras. “Eu realmente vi que eram seres de paz, como amigos”.
Intensa conversa telepática
Jocelino conseguia, através de telepatia, conversar extensivamente com os extraterrestres, recebendo diversas informações. Teve um longo diálogo com eles sobre sistemas estelares, planetas e galáxias, além de saber sobre as intenções alienígenas na Terra. Por fim, o abduzido foi avisado de que precisaria voltar. “Eles disseram que era hora de partir e me pegaram pelo braço, voltando pelo mesmo caminho que usamos para entrar na nave”. Os seres extraterrestres saltaram no chão com o abduzido, deitaram-no exatamente no mesmo lugar onde estava antes e voltaram flutuando para a nave. “Eu senti meu corpo paralisado, totalmente imóvel. Então, recobrei meus sentidos, deitado ali, embaixo da árvore”.
Há muitas evidências nesse caso de que as abduções não acontecem por acaso. Alguns ufonautas dizem, em suas mensagens, que existem seres executando missões na Terra e em diversos outros planetas. Os abduzidos geralmente não sabem de suas origens alienígenas ou contatos anteriores com seres extraplanetários. Há algumas indicações de que Jocelino seja um desses humanos, programado para viver nesse mundo e neste tempo. As sessões hipnóticas revelaram ainda informações sobre a história dos ETs que abduziram o jovem de Maringá, suas incursões na sociedade terrestre relacionadas ao nosso passado e até mesmo ao futuro. Jocelino, como muitos outros, foi preparado para esse tipo de experiência muito antes do seu nascimento. Hoje se sabe que a mãe de Jocelino teve seu primeiro contato ufológico aos nove anos de idade, o que teve continuidade com mais 5 ou 6 visitas dos mesmos seres, além de ter conhecido o planeta de onde vieram.
O fenômeno das abduções por seres extraterrestres é muito mais complexo do que se imagina e pode ajudar a explicar o futuro da humanidade. O diálogo que Jocelino de Matos teve a bordo da nave alienígena é uma amostra clara disso
— Wendelle Stevens, coronel da Força Aérea Norte-Americana (USAF) e pioneiro da Ufologia
Jocelino, por sua vez, teve o primeiro contato aos sete anos, em um campo plantado. Tal como revelaram as sessões hipnóticas, ele estaria incluído em um programa de contatos estendido a vários membros de sua família. Houve um grande número de confirmações de atividades ufológicas envolvendo os familiares do rapaz, como tempo, locais etc. Há também várias fotografias dos UFOs que apareceram em Maringá naquela mesma época. A abundância de informações sobre essa ocorrência é devida à qualidade com que as sessões de hipnose regressiva foram realizadas e à quantidade de tempo que os irmãos passaram nesse estado, fornecendo dados que puderam ser cruzados e checados. Eis um trecho da primeira sessão hipnótica de Jocelino:
Que lugares da nave você teve chance de conhecer? Sentei-me em algo parecido com uma cadeira de dentista, muito moderna, sofisticada e mecanizada. A temperatura no ambiente era normal. Colocaram um aparelho na minha cabeça.
Como colocaram os equipamentos na sua cabeça? É parecido com um capacete. Sinceramente, não vi muito bem. Sei que estava consciente todo o tempo, mas vi somente que o capacete é meio móvel.
Com quem você conversou naquela nave? Conversei somente com a mulher. Porém, os outros ETs falaram comigo antes dela chegar. Ela entrou por uma porta e sentou ao meu lado. Começou a me fazer… Começou a me acariciar amavelmente… Passou a mão no meu rosto, cabelo, peito, por todo meu corpo.
Você ficou excitado com aquele tratamento ou achou muito estranho? Sim. Depois ela abriu uma parte da roupa, uma espécie de zíper. Não pude ver nada direito. Só sei que fui em cima dela e fizemos sexo.
Que tipo de sensação ela demonstrou a você? Ela não demonstrou nada, nenhuma sensação. Aquilo tinha um prazer gelado. Disse poucas palavras, apenas que é uma mulher viajante, mas não especificou que tipo de pessoa é.
Como se comunicavam os seres que estavam na nave? Entre si e comigo eles conversavam por pensamento. Eles não precisam mexer os lábios para falar.
E como era essa mulher? Ela usava um macacão preto. Seus cabelos eram longos, negros e caiam sobre os ombros. Ela não permitiu que eu visse todo seu corpo, permanecendo vestida todo o tempo. Era uma moça alta, de mais ou menos 1,70 m de altura, mais alta do que eu. Seus olhos eram negros, com sobrancelhas, e sua pele era morena, mais escura que a dos homens que estavam na nave.
Que outras características você pôde notar? O nariz e os olhos eram iguais aos nossos. Tinham lábios médios e não vi se havia dentes. Possuíam orelhas comuns. A moça era muito bonita em relação às terráqueas. Não usava nenhuma jóia e sua roupa era fechada até o pescoço. Não consegui saber se ela tinha seios ou não, ou mesmo se eram grandes. Ela não permitiu que eu visse ou tocasse.
O que vocês conversaram? Ela me disse que talvez a semente cresça. Nós conversamos sobre a Terra, sobre a maneira neurótica que as pessoas vivem aqui. Ela disse que a vida aqui é cheia de conflitos, guerras e fome, de forma que ninguém se preocupa com os efeitos de tudo isso. Disse também que ela e todos os outros da nave são amigos, que vieram numa missão para nos ajudar ou algo parecido. Depois ela se retirou pela mesma porta que entrou.
Fale mais sobre essa missão. Eles vieram para nos conhecer? Eles teriam que observar nosso comportamento, ver a nossa ética e esse foi um dos motivos pelo qual me raptaram. Eles disseram vir de um lugar muito longe, entre as estrelas.
E como você saiu da nave? Flutuando. Levaram-me até o lugar onde o meu irmão estava deitado. A nave ficava a uma distância de mais ou menos 100 m da árvore, a 3 m do solo. Fui para junto de meu irmão e não vi mais os ocupantes do UFO.
E o que fez ao encontrar seu irmão? Tentei ir para casa com ele. Estávamos muito desgastados e precisamos nos apoiar um no outro para levantarmos. Eu me senti muito mal nesse momento. Lembro que no caminho para casa vi três luzes passando como um flash no céu.
Futuro da humanidade
De alguma maneira, Jocelino de Ma
tos parecia ter uma noção do significado de sua experiência – ao contrário de muitos abduzidos, que não fazem a menor idéia da importância desses casos. Conforme muitos ufólogos, tendo por exemplo ocorrências como a de Jocelino, o fenômeno das abduções por seres extraterrestres é muito mais complexo do que se imagina e pode ajudar a explicar o futuro da humanidade. O diálogo que o rapaz teve a bordo da nave é uma amostra. Os abdutores demonstraram grande interesse por nossas ações e nosso desenvolvimento. Outro importante aspecto do contato de Jocelino Matos e seu irmão Roberto Carlos é que eles manifestaram algo menos comum ainda: uma escrita espontânea em linguagem extraterrena, uma espécie de psicografia. Contudo, essa linguagem não é compreendida pelos abduzidos, que apenas esperam entendê-la no futuro. Esse fenômeno se iniciou em 1981, quando Jocelino começou a escrever utilizando estranhas simbologias.
De acordo com a esposa do abduzido, Marilena, essas manifestações começaram quando, certa vez, eles estavam sentados na mesa e o rapaz sentiu uma incontrolável vontade de escrever. Imediatamente, pegou caneta e papel e iniciou, fazendo uma série de símbolos indecifráveis, escritos de forma irregular. No entanto, esse fato se tornou mais significativo quando se soube que estava relacionado com a mãe de Jocelino, dona Maria Rosa. Na ocasião, o abduzido não deu valor a esses escritos, que hoje são muitos. Para ele, ninguém irá saber o que eles querem dizer. Mas dona Maria Rosa pensa o contrário, pois crê que essas mensagens são muito importantes. Vale ressaltar que a mãe do abduzido também recebia esse tipo de mensagem dos extraterrestres desde o seu primeiro contato, aos nove anos de idade. Atualmente, os pesquisadores do caso suspeitam que os contatos continuam acontecendo com outros membros da família.